A Polícia Civil deve concluir em 30 dias a investigação sobre o uso de uma roleta para apostas durante uma festa junina na Praça Saldanha Marinho.
Segundo o delegado Sandro Meinerz, a intenção é apurar quem são os responsáveis pela prática e se houve contravenção penal, o que estabelece multa e prisão de três meses a um ano para os envolvidos.
No último fim de semana, o Diário mostrou que, durante cerca de 20 dias, uma roleta foi usada para fazer apostas, o que é proibido por caracterizar um jogo de azar (veja quadro abaixo), considerado uma contravenção penal. O jogo foi retirado do local no último dia 4.
Quando a equipe esteve no local, um dia antes de a roleta ser retirada, viu dezenas de pessoas, que disputavam espaço na tenda onde o jogo era praticado, apostando notas de R$ 2, R$ 5 e R$ 10.
A roleta foi construída em um tabuleiro de madeira, dentro de um grande retângulo, com 16 divisões, representando times de futebol. Grêmio e Inter tomavam conta da maior parte do espaço. E o apostador precisava escolher onde achava que iria parar a haste de metal da roleta.
Sem se identificarem, os dois homens que controlavam as apostas informaram que tinham autorização da prefeitura para ficar na praça mais uma semana. A procuradora geral do município, Anny Desconzi, negou que tal autorização tenha sido dada. Mas um dos integrantes da comissão que organizou a festa confirmou a autorização.
Jogos de azar
São jogos em que o que conta não é a habilidade ou conhecimento do jogador. A aposta no jogo depende somente do fator sorte. Os jogos desse tipo, como o jogo do bicho, são considerados contravenções penais, um crime de menor potencial ofensivo. Tanto o explorador como o jogador podem ser enquadrados pela Justiça como contraventores, com penas que chegam a um ano de prisão.